Wednesday, December 26, 2007

Artur, o cruzado do farto bigode

Seria fácil demais vir para aqui minar o mito do presépio e de toda a conjugação de elementos que o compõem. Seria fácil mas não me apetece falar disso. Ainda vinha algum anónimo comentar corajosamente e opinar acerca da minha falta de jeito para escrever algo engraçado. Isso seria o fim para mim (posso não ter piada, mas ó p'ra mim a rimar).

Então hoje li aqui que o grandioso Artur Jorge foi contratado para treinar a selecção do Irão (eu para rimar sou tramado...), mais uma selecção para o currículo deste treinador que, entre outras, já enterrou a nossa selecção, a da Suiça e a dos Camarões, tendo o seu ponto alto na destruição da equipa do Benfica, acabada de ser campeã. Na notícia podem-se ler excertos como "o desafio de a relançar ao encontro de bons resultados" ou "presença no Mundial'2010 é objectivo". Dá vontade de rir...

A partir daqui surgiram-me algumas teorias acerca desta contratação:

1. Isto tudo pode não passar de uma manobra orquestrada pelos poderes ocidentais para deitar abaixo mais uma nação que incomoda os Estados Unidos. Senão vejamos: os iranianos gostam imenso de futebol, e provam isso tendo sempre uma selecção competitiva presente em fases finais de mundiais e com várias taças asiáticas ganhas e jogadores a jogar na Europa. Venceram inclusivamente os EUA num dos jogos do França'98. Que melhor forma de desmoralizar os mesmos que destruir-lhes a equipa com um grande especialista nesse campo? Primeiro a equipa de futebol, o orgulho da nação e depois atacavam tudo o resto, ficando com mais um país a seu cargo depois do Afeganistão e do Iraque. O "Rei Artur" seria assim uma espécie de cruzado dos tempos modernos, tendo como Excalibur a sua capacidade inerente de tornar uma equipa ainda pior do que é, ou mesmo de a destruir se esta for uma boa equipa. Uma óptima medida de evangelizar esse povo maluco que só gosta de bombas e de fantasias depois da morte;


2. Como em Portugal, é grande a tradição do bigode no Irão, ou não fosse este um país muçulmano, em que o bigode atinge o estatuto de aumentar exponencialmente o sex-appeal masculino. Seria assim a figura do treinador de quem as mulheres também gostam, um Mourinho para o povo muçulmano. Então na selecção há-que dar o exemplo e mostrar um estilo de bigode estrangeiro para motivar de fora para dentro a selecção iraniana a obter melhores resultados;


3. O treinador português está na moda no Norte de África/Ásia. Podia falar apenas no Médio Oriente, mas até no Vietname temos um mister a pontificar com grande classe (e bigode também!), na figura do senhor Henrique Calisto (outro especialista em afundar equipas, com Paços de Ferreira e Académica no currículo)!! Somos mesmo um povo espalhado por todo o mundo... O pioneiro em terras iranianas é Augusto Inácio, que tem estado em destaque na liga coleccionando vitórias e mostrando todo o seu charme de típico macho latino bronzeado sem precisar sequer de usar bigode. Se até o Inácio tem sucesso então Artur Jorge deve ter pensado que também ele pode fazer crescer a sua poesia nos campos de futebol das terras iranianas. Então será mais um a tentar limpar a sua imagem de cangalheiro, já vejo o Luis Campos aka "Campas" a preparar-se para se mudar para o Médio Oriente em busca do seu El-Dorado, e de mostrar ao mundo a razão de ser considerado o Mourinho dos cangalheiros.

Poderão haver muitas mais teorias porque parece que para as terras de Mahmoud Ahmadinejad esta contratação não deixa de ser inesperada.. Artur Jorge, Irão... Epá o que virá a seguir? Fernando Santos a treinar a Palestina? Octávio Machado a queixar-se das arbitragens e a falar dos talibans do futebol no Iraque?


KKK

3 comments:

Anonymous said...

Eu apostaria na primeira hipótese associada a uma segunda.
Todos sabemos que Portugal faz parte da NATO e sabendo do tamanho dos contingentes portugueses, o número 1 assentava que nem jinjas (luvas é para quem percebe de futebol, que não é o caso). Associa-se à segunda hipótese porque todos nós sabemos que os "estates" gostam de encontrar sempre um segundo motivo para atacar. No Iraque foi treta + petróleo, no Irão seria vergonha da derrota + gajas. Sim porque aquele bigode garantirá, certamente, um estatuto de Iglesias ao nosso Jó.

Anonymous said...

Epá, sem querer ser chato, o Artur Jorge já deixou a dimensão paralela dos iluminati do bigode há algum tempo. Mas, confesso que, lá no fundo, aquele bigode não me sai da cabeça...

Anonymous said...

caro amigo, enquanto no nosso pensamento residir esse farto bigode, o Rei Artur será sempre o supremo dos bigodes!!