Friday, February 29, 2008

Óscars: A paneleirice que todos vêem e ninguém se apercebe!



Sinto-me inseguro. As minhas pernas tremem, o meu coração bate descompassado. Estou desprotegido. A polícia hoje não serve para me defender. Menos ainda o poderosíssimo exército norte-americano. Hoje não há Nossa Senhora para me acudir.

Não estamos na quaresma, nem na Páscoa, nem no dia de Ramos, nem no dia de São Eulálio aparecido de Freixo de Espada á Cinta e do raio que o parta, ou seja, estamos num dos poucos dias do ano em que posso esticar as pernas e sentir aquela tendinite nos joelhos própria de quem esteve muito tempo na mesma posição.

Hoje é um daqueles dias em que só a morte do papa pode por em conflito a minha ânsia por ausência de notícias religiosas. Como tal, hoje não vou falar de religião.

Gostaria de falar da paneleirice a que chamam entrega dos Óscars.

Um bom indício logo à partida para uma entrega de Oscars, é a ausência de nomes que garantiriam uma coreografia do YMCA magistralmente executada.

A impossibilidade de ver Elton John, Mika, George Michael, Morrissey etc.. dão uma certa segurança só batida pela escassez de santos padroeiros num dia do ano.

Outro indício que garantiria uma emissão limpa de lantejoulas, seria a ausência de filmes de cowboys para premiar. Desculpem. Vou emendar: a ausência de filmes e de actores de filmes de cowboys para premiar. Tudo factores de estabilidade inigualáveis.

Mas reparem, será que isso chega para afastar a mariquice dos Óscars?

A resposta é, obviamente, não. Senão vejamos:

O que é um Óscar?

Um Óscar é um homem completamente nú e careca banhado a ouro.

Como se não bastasse estar nú, ser careca (factor indiciante de maior vigor sexual) e ter um tamanho apropriado para a malta da cowboiada, ainda é banhado a ouro.

E mais, tem um nome que não lembra a ninguém. Sempre que ouço o nome Óscar, recordo-me sempre de um cão ou de uma iguana.

Para além disto, ainda temos comportamentos completamente amaricados perante o tal Óscar.

Há coisa mais gay do que subir a um palco, agarrar num homem nú dourado e chorar?

Ainda por cima, sobem e dizem coisas do género: “Meu Deus, não tenho palavras, isto é fantástico. Quero agradecer ao meu pai, à minha mãe, à minha tia, ao meu cão, ao meu peixe pelo seu nadar harmonioso bla bla bla bla…”, fala pelos cotovelos, coisa de mulher. Esteve duas horas sentado, calado e quando se apanha com o Óscar na mão, nunca mais se cala.

Os prémios em Portugal é que são coisa de homens.

Cá chamam-se Globos de Ouro e embora não sejam Óscars, nota-se que transpiram testosterona e ouro.

Agora que vejo bem, se calhar de ouro só têm mesmo a cor. Mas quanto à masculinidade é indubitável. Senão vejam lá: quem tem mais Globos de Ouro em Portugal?

Hmm… ahh.. já sei: Herman José.

Há ser mais másculo que o Herman? Sempre ali rodeado de mulheres bonitas no seu programa e de homens a sério. Nomes com Maria Vieria, Ana Bola, Joaquim Monchique, Maria Rueff. Nem vou tocar na situação da casa pia e do menino de 16 anos.

Parece-me que isto dos prémios vai dar tudo ao mesmo.

Nunca mais vejo os Óscars.


Até amanhã se Deus quiser!


Osama Das Alturas